Lula Queiroga – Noite Severina

Corre alta Severina noite

De baixo do lençol que te tateia a pele fina

Pedras sonhando pó na mina

Pedras sonhando com britadeiras

Cada ser tem sonhos a sua maneira

Cada ser tem sonhos a sua maneira

 

Corre calma Severina noite

No ronco da cidade uma janela assim acesa

Eu respiro teu desejo

Chama no pavio da lamparina

Sombra no lençol que te tateia a pele fina

Sombra no lençol que te tateia a pele fina

 

Ali tão sempre perto e não me vendo

Ali sinto tua alma flutuar do corpo

Teus olhos se movendo sem se abrir

Ali tão certo e justo e só te sendo

Absinto-me de ti, mas sempre vivo

Meus olhos te movendo sem te abrir

 

Corre solta sua suna noite

Tocaia de animal que acompanha sua presa

Escravo da tua beleza

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

 

Ali tão sempre perto e não me vendo

Ali sinto tua alma flutuar do corpo

Teus olhos se movendo sem se abrir

Ali tão certo e justo e só te sendo

Absinto-me de ti, mas sempre vivo

Meus olhos te movendo sem te abrir

 

Corre solta sua suna noite

Tocaia de animal que acompanha sua presa

Escravo da tua beleza

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Daqui a pouco o dia vai querer raiar